Banco de Dados: Você tem Acesso?

Se você é um Estatístico ou um profissional que trabalha com análise de dados, sabe que a nossa matéria-prima são os dados. Logo, sem eles, não conseguimos fazer muita coisa.

Geralmente esses dados são provenientes de várias fontes, como pesquisas, sistemas transacionais utilizados nas empresas, planilhas do Excel, aplicativos, redes sociais, dados abertos, IoT, sensores e por aí vai. Todos esses dados são armazenados no que chamamos de Banco de Dados. É lá que se encontra o que você precisa para começar o seu trabalho.

Banco de dados: você tem acesso?

Seja sincero! Você que trabalha em uma empresa e precisa extrair os dados armazenados; você tem acesso? Eu não me refiro a entrar em contato com a área de Tecnologia da Informação (TI) ou com a galera da infraestrutura de dados ou com um DBA. Me refiro a você acessar o banco utilizando uma linguagem SQL, por exemplo. Ir direto na fonte, sabe?

Vou contar a minha experiência. Quando eu era analista no mundo corporativo, eu nunca tive acesso direto ao “cofre dos dados”. Sempre precisava conversar com um profissional da TI para discutir layouts de coleta de dados e regras de negócios para que ele construísse as queries.

Com a estrutura de consulta em banco de dados pronta, o “cara da TI” (era assim que ele era conhecido), rodava as queries e entregava um arquivo, geralmente um .csv da vida, para que eu pudesse validar. Como a maioria das vezes se tratava de valores financeiros, eu sempre validava com a contabilidade. E dessa forma seguíamos trabalhando em conjunto; mas eu sempre precisava dele.

Quando assumi uma posição de Coordenador de uma equipe de Analytics e BI, em outra empresa, era a mesma história. Só que dessa vez, tínhamos que pedir tudo para um DBA. A diferença é que nesse caso não havia parceria e o profissional gerava o que ele queria, sem se importar com regras de negócio ou mesmo se o arquivo atenderia todas as nossas demandas por dados.

Mesmo assim, nossa área cresceu e passamos de cinco profissionais para dezoito. Com o volume de análises e entregas em alta velocidade, não dava mais para depender de um ou dois DBA’s alocados na TI.

Então, apresentamos uma proposta para a Diretoria e a partir daí, nossa equipe tinha acesso direto ao banco de dados e passamos a construir o nosso Data Wahehouse (DW). Era no nosso diretório de dados que fazíamos toda a modelagem de dados, relacionávamos as tabelas, limpávamos e criávamos informações. Não era o céu, mas foi o melhor que já tive: Dados atualizados no DW com no máximo 1 dia de diferença do real.

Fonte da imagem: https://bit.ly/2stFZdC

Em outra oportunidade, agora como Gerente de uma área estratégica e analítica, onde os dados eram o nosso material de trabalho, não tínhamos DBA e nem o cara da TI. Tínhamos um sistema com relatórios pré-montados há mais de cinco anos e que não traziam os dados que precisávamos. Com isso, não era possível entregar o que a alta gestão pedia.

Como podíamos ter acesso aos dados? Pedindo para um profissional da TI ou um DBA (alocado na TI)? Não!

Dessa vez, os dados precisavam ser solicitados de maneira formal (documentada) para o Gerente da área de TI, que tinha autonomia para questionar e decidir pela extração ou não dos dados; bem como estipular prazos de entrega que não condiziam com a realidade da minha área.

Essas foram algumas experiências reais que eu passei e gostaria de compartilhar com você. Talvez por isso, eu não tenha me dedicado tanto a estudar SQL e sobrevivo com o que aprendi na faculdade. Como pretendo mudar essa realidade, SQL está na minha lista de habilidades a serem melhoradas em 2020.

Mas me conta aí! Você tem acesso direto aos dados armazenados pela empresa que você trabalha?