Decisões: Big Data + Feeling = Better Data

É quase impossível não perceber a quantidade de dados que a humanidade vem gerando, principalmente nos últimos dois anos. Essa quantidade que cresce de forma exponencial e em todos os tipos de formatos, que pode ser caracterizado como big data.

Dados, que quando bem coletados, são uma pedra bruta na mão de um estatístico ou de um profissional que trabalha com análise de dados. Nós temos o “poder” de transformar “a pedra bruta” em um bem muito mais valioso.

Quando você junta bases de dados de qualidade e combina isso com a sua experiência do negócio (feeling), os resultados tendem a ser bem melhores.

“Decisões baseadas apenas no feeling e na experiência tendem a ser decisões equivocadas, principalmente quando tratamos de grandes negócios. Uma boa decisão tem que partir de dados de qualidade que pode ser alcançada quando juntamos o conhecimento de negócios na composição das bases de dados”. 

Você e eu temos que aprender sobre o negócio a qual estamos inseridos para poder gerar melhores resultados. A partir desse ponto de reflexão, eu gostaria de recomendar a palestra da Anne Milgram, realizada no em São Francisco, intitulada como “Why smart statistics are the key to fighting crime”.

Em 2007, Anne Milgram era Procuradora Geral de Nova Jersey (EUA) quando ela descobriu que sua equipe não sabia quem eles estavam colocando na prisão e se estavam tomando as decisões certas de manter ou soltar um presidiário. Tudo isso porque eles não analisavam dados. Tomavam decisões baseadas em anotações de post it e feeling. Post it? Isso mesmo!

Com uma história inspiradora, Anne conta como ela utilizou análise de dados e análise estatística para tornar o sistema de justiça criminal dos EUA mais seguro.

Com uma missão difícil de implantar a cultura de registro de dados mais importantes em todas as agências criminais dos Estados Unidos, ela frequentou os distritos à procura de conhecer os chefes das delegacias e convencê-los de que precisavam introduzir dados no seu trabalho.

“A transição foi pautada entre parar de tomar decisões baseadas no instinto e experiências, e incluir dados e análises estatísticas rigorosas para a realização do trabalho”.

 

Conclusão

Anne conseguiu estatísticas impressionantes de redução da violência nos EUA. Além disso, a utilização de dados e análises estatísticas ajudou na tomada de decisões mais críticas sobre a segurança pública.

Para aprimorar ainda mais sua gestão na redução do crime, Anne e sua equipe identificaram mais de 900 fatores de risco e descobriram 9 elementos específicos que eram importantes em todo país. A partir desse ponto, criaram um sistema capaz de calcular as probabilidades de um indivíduo voltar a cometer crimes e melhoraram suas decisões.

“Quando começamos a olhar os dados, o que descobrimos é que as coisas não aconteciam como imaginávamos. Não podemos continuar tomando decisões de forma subjetiva”.

Gostou da história da Anne? Recomendo muito que você assista a palestra dela e veja como ela criou uma solução para o sistema de Justiça Criminal dos EUA utilizando a estatística na análise dos seus dados.

Um abraço e até o próximo texto!


Material usado

Imagem do acervo pessoal: Big Data + Feeling