Estatística: uma ciência que lida com a coleta, organização, análise e interpretação de dados numéricos ou não; que aliados a fatos e uma dose equilibrada de teorias probabilísticas diz muito sobre quem somos.
A estatística gera estatísticas sobre praticamente tudo que se possa coletar dados. Isso é ótimo!
No entanto, a maioria dos seres humanos não possui um raciocínio estatístico. No geral, nós temos uma péssima percepção da realidade e costumamos errar feio quando somos questionados. Quer ver?
O quanto você sabe (ou acha que sabe) sobre seu país, Estado, cidade ou bairro? Quantos habitantes tem o seu país (talvez essa seja fácil)? Quantas crianças tem na escola do seu filho? Quantos carros a cada 100 pessoas tem no seu bairro? Quantas mortes foram causadas pelas chuvas de Belo Horizonte? Quantos casos de Coronavírus foram confirmados?
Se você acha que é bom em adivinhar estatísticas, eu tenho uma péssima notícia para você. Mas eu não vou dar spoiler. Ao invés disso, eu vou convidá-lo para assistir uma palestra do , onde ele explica a nossa capacidade limitada de entender e trabalhar com números.
Smith explora a incompatibilidade entre o que sabemos e o que pensamos que sabemos (percepção x realidade). Ele faz essa exploração de forma tão interativa e inclusiva, que você realmente percebe o quanto você não sabe.
Para provar as discrepâncias entre o que nós pensamos, nossa percepção, e a realidade mostrada pelas estatísticas, foram realizadas pesquisas pela Ipsos MORI, que comprovaram nossa falta de aptidão para trabalhar com números de uma maneira geral.
Por exemplo, ao perguntar para os Sauditas quantos adultos (a cada 100) estariam acima do peso, a média das respostas foi de 28 pessoas. No entanto, as estatísticas oficiais mostram que 71 sauditas, a cada 100, estão acima do peso.
Quando perguntaram aos japoneses que moram no Japão (uma ilha), quantos habitantes a cada 100 viviam em áreas rurais, em média, eles responderam 56. O número oficial é 7. Uma grande diferença.
“A estatística trabalha com incertezas, mas nos dois casos temos uma grande variação.”
Existem muitas razões para isso acontecer. Com certeza, as nossas experiências individuais influenciam nas nossas percepções. A mídia também é um grande influenciador. O meio em que você vive também.
Após estudar a pesquisa da Ipsos, Smith resolveu criar um teste para analisar o conhecimento das pessoas sobre a região em que moram e os resultados foram surpreendentes.
Uma coisa é certa: a estatística pode ser a ciência que trata das incertezas, mas quanto mais observações em grupos fizermos, mais certos estaremos da resposta.
“Devemos ser fascinados por estatísticas porque elas são os resultados da ciência que trata de nós mesmos: estatística.”