O Que os Estatísticos Fazem? (P3)

Olá, tudo bem com você? Hoje o objetivo é falar um pouco mais sobre o que os estatísticos fazem ou podem fazer! Muita “coisa” legal, pode apostar!

Duas semanas atrás, nós comentamos sobre as etapas iniciais do trabalho de um estatístico. Fases muito importantes e que devem ser realizadas com bastante cuidado, para que as análises, interpretações e conclusões de todo o seu esforço, seja o mais eficiente possível.

Se quiser aprender (ou relembrar) todas as etapas, eu recomendo a leitura do post O que os Estatísticos fazem? (P1)” sobre definição do problema e conjunto de dados ideal, e também a escolha da melhor forma de acesso aos dados. Para complementar, você pode ler também o post O que os Estatísticos fazem? (P2), que fala sobre como obter, “limpar” e realizar a análise exploratória dos dados.

A partir de agora, vamos falar da estatística mais “robusta”. Aquela que poucas pessoas usam; que as empresas gostariam de aplicar (mas nunca dá tempo); mas que muita gente adora. Principalmente mestres e doutores. Vamos falar de Inferência e Modelagem Estatística, de como interpretar os resultados e apresentar de forma dinâmica (dashboard).

Então para começar a “brincadeira”, vamos falar dos próximos passos, além da análise exploratóriaLembrando que nesse momento, estamos apenas citando que existe, e não nos aprofundando sobre o assunto. Esse momento chegará. Vamos lá!

1. Inferência Estatística e Modelagem Estatística

O que será isso? Resumidamente e de forma simples, apresentamos os seguintes conceitos:

Inferência Estatística: é a ação de inferir ou deduzir (concluir) algo por meio de técnicas estatísticasEsse conjunto de técnicas nos permite estudar uma população apenas analisando as amostras de interesse. E a partir deste ponto fazer afirmações com um certo grau de precisão. Para isso, é comum usarmos estimação de parâmetros e testes de hipóteses.

Exemplos:

  • Estimação de parâmetros nos esportes: previsão de resultados de jogos de futebol.

Modelagem Estatística: é a representação simplificada” da realidade por meio de um modelo, construído com técnicas estatísticas (baseado em probabilidades), que busca descrever os aspectos de interesse (ou mais significativos), excluindo os outros

Exemplos:

  • Modelagem estatística para dados financeiros: modelo para definir quem é mau ou bom pagador de uma nova linha de crédito de um banco específico.
  • Modelagem estatística para dados esportivos: modelo, baseado em probabilidades, que prevê os movimentos de jogadores de basketball, com um certo grau de precisão.

Dica: Assistam ao vídeo “The math behind basketball’s wildest moves“ de Ravij Maheswaran ().

2. Interpretação de resultados

Essa é uma fase muito importante do seu trabalho. De nada adianta obter resultados (números, gráficos, mapas, equações), valores de estimadores, p-valor, estatísticas de testes (qui-quadrado, t-student), se você não sabe o que eles querem dizer. Um número sozinho não significa nada.

Entenda o contexto; aplique o conceito. Não tire conclusões precipitadas. Analise o conjunto. Só assim, você conseguirá interpretar seus dados de maneira correta e eficiente.

3. Apresentação de resultados

E por fim, mas não menos importante. Apresente seus resultados. Tão importante quanto interpretar e fazer uma análise correta. É nesse momento que o seu trabalho aparece e se transforma (pelo menos para as pessoas que não são da área). É aqui que acontece a mágica. É o resultado (visual) de todo o seu empenho. É hora de se fazer entender.

Por isso, nessa fase, seja o mais dinâmico possível. Apresente seus resultados de uma forma que qualquer leigo entenda. Para que seu trabalho seja valorizado, os demais profissionais envolvidos têm que entender a importância e a magnitude de uma ciência tão bonita como essa.

Valorize seu trabalho. E ajude os outros a valorizarem também.

Se você não se contenta em realizar apenas a análise exploratória dos dados, e quer “inferir” nos resultados (estimação de parâmetros, teste de hipóteses, construção de modelos), eu encorajo você a explorar esse universo. Se você já faz isso, aprimore mais ainda seu conhecimento.

Pensando nisso, eu sugiro esses ótimos livros de Inferência Estatística (usei na faculdade, e recomendo). Bom estudo!

  • . Mood, A. M.; Graybill, F. A. (1982)
  • . Migon, H. S.; Gamerman, D. (2014) 
  • . Degroot, M. H. (2001)

Material usado

Imagem do homem analisando os resultados: http://bit.ly/2e06tcV

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